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12 de nov. de 2012

A LINGUA QUE MATA




Meus amigos e meus irmãos, minhas amigas e minhas irmãs, temos trazido através deste espaço informações e auxilio aos irmãos que ainda se encontram no plano das formas, através de mensagens, muitas de cunho cientifico e filosófico, outras de formas adjetivadas de histórias, reais histórias, de irmãos no processo de desencarnação.
Neste momento através de autorizações superiores trazemos aos nossos irmãos, o relato da passagem de uma irmã que chamaremos, de forma simbólica é claro, de irmã “Mercedes”. Nossa irmã reencarnou em lar de posição social mediana aonde recebeu o amor, a educação de bons pais, mas já no decorrer de sua infância, aos 13 anos, começara a usar através da maledicência, através do falar sem medidas, através da chamada popularmente “fofoca”, a arma indubitavelmente maior que leva ao fracasso de muitas existências do uso inadequado da língua.
Decorreu a vida adulta da mesma forma, usando desta ferramenta para causar tristeza aos debutados pais, para causar sofrimento a todos aqueles que se aproximavam, muitas vezes procurando o amor fraterno, a amizade verdadeira, não obstante no decorrer de sua existência, relevantemente apaixonada por um homem, usou da maledicência, da mentira para separar o moço, que compromissado com um grande amor derrotou-se na separação e o levou ao suicídio.
Não satisfeita com a vivencia medíocre, regada de maledicências e mal dizeres e de mentiras veio a casar-se e a ter filhos, e o mesmo comportamento aplicou aos mesmos.
Nem o câncer na garganta conseguiu sessar o emprego errado da língua que nossa irmã fazia. Vencendo o mesmo através de tratamentos quimioterápicos, radioterápicos, através de imenso sofrimento sempre maldizendo aos outros, instalou-se um nódulo em seu cérebro, que escondido por muitos anos. Veio a levar nossa irmã ao processo de desencarnação repentinamente.
Seu espirito revoltado, pois após o desligamento do corpo, maldizendo o próprio Deus exigindo o “paraíso” prometido. Não obstante após a dormência necessária a todos os irmãos no processo de desencarnação, nossa querida irmã encontrou-se em regiões sombrias, de astral inferior, totalmente só e abandonada.   Imediatamente começou a esbravejar, a mal dizer a própria sorte, a falar mal dos outros, aos quais a mesma pensava ter sido vitima do abandono.
Nos mesmos instantes que as palavras cruéis preferiram de sua boca, vozes num processo crescente entravam pelos seus ouvidos, atormentavam sua mente, sem cessar a todo tempo. A mesma irmã, acostumada e viciada em mal dizer a todos os que a incomodavam esbravejava, gritava e pedia que as torturantes vozes cessassem, mas as mesmas só aumentavam.
Por dias a fio caminhando sem destino, na escuridão gritava como um ser demente exigindo o paraíso prometido. Quando já não suportava mais, pois o espirito de nossa irmã já se sentia fraco e sem forças, calou-se.
No momento em que a voz perturbada cessou os gritos, as reclamações, as infâmias, a maledicência, as atormentantes vozes também cessaram em sua mente e em seus ouvidos. Então nossa irmã passou a viver no silêncio.
Após muitos dias sem rumo encontrou uma criatura, outro irmão em evolução, que com seu corpo perispiritual regado e coberto de feridas e chagas, tinha em suas mãos algo como uma bola de massa, que esta criatura abocanhava e mordia como se fosse um alimento. Com calma nossa irmã pediu que a pobre alma dividisse o alimento, mesmo sem saber o que fosse, pois estava fraca e com fome. A criatura negando, no mesmo instante nossa irmã revidou, com palavras chulas, com maledicência, com ignorância, mal dizendo a própria sorte, daquele que já não tinha mais nenhuma.
No mesmo instantes as vozes cresceram em sues ouvidos em suas mentes, e a criatura fadada a estar no chão doente e com chagas, levantou-se e começou a persegui-la esbravejando ao mesmo tom. Nossa irmã continuou a caminhar, e junto a esta criatura, este irmão, juntaram-se outros, e mais outros e mais outros. Formando centenas a esbravejar, a gritar, a maldizer e a torturar a nossa irmã.
Não tendo mais forças para revidar caiu ao chão, cerrou seus lábios, tapou seus ouvidos, fechou seus olhos, e após alguns instantes o silencio se fez. Da mesma maneira levantou-se e encaminhou-se a um abrigo, como uma gruta, recostou seu frágil corpo perispitual em uma pedra e ali ficou. Somente com a companhia de seus  pensamentos, e as reflexões de sua existência.
Após algum tempo, levantou-se no intuito de achar agua ou alimento, pois se sentia enfraquecida, saindo a campo, cruzou com vários irmãos em evolução que ali também passavam pelos seus percalços e suas dificuldades, mas seu olhar fixou-se em uma pobre criatura, que auxiliada por outro irmão em melhor condições, tinha seus lábios como que costurados, amarrados.
Sem saber o que dizer ou perguntar, com medo até de abrir a boca e o tormento voltar, perguntou com toda sutileza ao acompanhante o que acontecera, o mesmo lhe explicou que a irmã que o acompanhava não conseguindo se livrar de vozes e tormentos, reclamações, cobranças, que lhe vinham a mete e aos ouvidos, tornou-se desorientada e no momento de desespero cerrou os próprios lábios, selando-os para sempre.
Nossa irmã “Mercedes” após tanto sofrimento que já havia passado, pela primeira vez em sua existência, olhou para um irmão em sofrimento, e disse com o pouco amor que ainda lhe restava no coração: “Que Deus tenha piedade de ti.” E voltou para sua gruta e ali ficou, pensando em tudo que viu e ouviu.
Nossa irmã que usou a língua para maldade e o sofrimento, não se atrevia nem a orar em voz alta. Mas em pensamento ajoelhou-se, pediu perdão a Jesus, a Deus, nosso Pai Celestial, e se mostrou conformada ao sofrimento que passava,  por tanto mal que teria gerado em sua existência. Em prantos no mesmo instante sentiu sobre o seu corpo um calor tenro e suave, ao abrir os olhos enxergou a Luz  de um irmão que parecia conhecido, familiar, o mesmo irmão lhe estendeu a mão e levantou nossa querida irmã, e neste momento deslumbrou-se ao seu olhar vários irmãos todos iluminados com uma Luz Superior.
O primeiro irmão que irmã “Mercedes” avistou lhe disse: “Minha querida irmã precisou 15 anos de sofrimento para que entendesse que o dom da palavra foi dado a nós por Deus para salvar vidas e não para destruí-las. Venha conosco para um lugar onde receberá o auxilio superior para continuar a trilhar sua marcha evolutiva em nosso planeta”, e assim meus irmãos nossa irmã “Mercedes” foi acolhida em uma Cidade Espiritual, aonde após os tratamentos necessários,  hoje é responsável pelas câmaras de regeneração  dos irmãos em sofrimento.
Antes de trazermos a exemplificação de sua historia ao plano das formas, procuramos irmã “Mercedes” para as devidas autorizações e ficamos sabendo que desde o seu resgate, jamais havia pronunciado uma palavra, o contato com os companheiros de trabalho era mental, ou poderíamos dizer telepático.
No entanto nossa caravana, quando a procurou, pedindo as devidas autorizações, após anos no trabalho Superior, escutaram todos as nobres e belas palavras de nossa irmã: “Se Deus e Jesus necessitam que minha historia sirva de exemplo para que os irmãos do Plano das Formas não cometam os mesmos erros, que assim seja”.
Portanto meus irmãos façam bom uso do dom da palavra, que nos foi dado por Deus. Todas as vezes que abrirmos nossa boca e usarmos o dom da palavra que seja para o Bem comum da família humanidade.
Que a Paz de nosso Senhor Jesus Cristo esteja eternamente entronizada em nossos corações.
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